1ºTrimestre 2022

São Paulo registra a concessão de 647 alvarás de empreendimentos em 12 meses

Zona Leste segue como a região mais procurada na busca de licenças para construções de novos empreendimentos e concentra 30,5% do total concedido na capital

Dados do Indicador de Antecedente do Mercado Imobiliário (IAMI) aponta para uma concessão de 647 alvarás de construção de novos empreendimentos verticais na capital paulista, nos últimos 12 meses encerrados em março deste ano. O resultado é 29,8% inferior ao registrado na cidade quando comparado com o mesmo período finalizado em março de 2021. O estudo, da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), é elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a partir de números da Prefeitura de São Paulo.

No curto prazo, quando analisado apenas o primeiro trimestre do ano, o indicador também apresentou uma baixa de 45,4%. Foram 95 alvarás concedidos de janeiro a março de 2022. No mesmo período em 2021, o total concedido foi de 174 alvarás. A maior queda foi registrada em janeiro (-59,2%) e fevereiro (-52,7%). Março apresentou baixa de 11,6%, já demonstrando sinais de recuperação.

A justificativa para a baixa na procura por licenças por parte das incorporadoras pode estar no efeito da formação de "estoque de terrenos", alimentado ainda por fatores como o aumento na concorrência e os preços das áreas. O cenário macroeconômico, mais incerto, com taxas de juros e inflação em alta, também geram efeitos sobre o affordability e as perspectivas de vendas.

Regiões

A Zona Leste foi a região que mais teve autorizações para construções liberadas no período, concentrando 30,5% do total concedido na capital paulista. Surgem em seguida a Zona Sul (27,4%), Zona Oeste (20%), Zona Norte (16,8%) e Centro (5,3%).

Essa dinâmica não se altera quando analisado os três primeiros meses de 2022. Nela, a Zona Leste segue como a região mais visada por incorporadoras e construtoras, concentrando 37,1% dos alvarás concedidos. Em seguida, destacaram-se projetos sediados nos perímetros da Zona Sul (22,3%), Zona Oeste (19,2%), Zona Norte (16,4%) e Centro (5,1%).

Para o presidente da ABRAINC, Luiz França, apesar dos números, o indicador não demonstra uma falta de confiança do mercado, mas um período de arrefecimento em busca de novas oportunidades de investimento.

“Nos últimos anos, houve uma grande concessão de alvarás em São Paulo, portanto é até normal que haja uma queda, considerando todo o ciclo da incorporação. Porém, os investimentos em projetos imobiliários seguem ocorrendo e, apesar do cenário um pouco mais desafiador, temos boas perspectivas quando olhamos para o longo prazo", finaliza o executivo.

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